quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Orçamentação de Projetos - Métodos de Orçar


Após a finalização dos processos de estimar custos, chega-se então a etapa de elaboração dos orçamentos, que deverão estar alocadas a cada pacote de trabalho conforme a EAP e o cronograma do projeto. Os métodos de orçamentação variam de empresa para empresa, mas todos se utilizam basicamente de planilhas que são preenchidas de acordo com os tipos de despesas.

Orçamento Analítico

O orçamento analítico será compostos por planilhas que conterão a listagem de serviços, produtos, materiais, testes e ensaios, investimentos em ativos, entre outros tipos de despesas. Cada natureza de investimento ou despesa terá uma planilha específica, que deverá conter as informações essenciais, como por exemplo quantidade, custo previsto e quando será utilizado. A tabela a seguir mostra um exemplo de modelo de planilha de serviços. Esse tipo de planilha varia para cada organização, conforme as necessidades de informações.

 

Orçamento Sintético

Após a conclusão de todas as planilhas analíticas de orçamento, o gerente financeiro do projeto deverá sintetizar as informações e construir uma planilha de orçamento resumida, com os devidos códigos de contas atrelados. A tabela exemplifica um modelo de planilha de orçamento sintético plurianual que pode ser utilizado.

 

Linha Base de Custos 

A linha de base dos custos do projeto representa o custo esperado do projeto, ou seja é o orçamento-base dividido nas principais fases de evolução, servindo como uma base de referência para o monitoramento dos desembolsos do projeto. Será utilizado para contrastar as despesas reais do projetos com as despesas do orçamento. 

A linha de base de custos faz parte do plano de gerenciamento de projetos, sendo construída pela soma de todas as linhas previstas na planilha de resumo do orçamento e seu consumo durante o tempo do projeto. Normalmente a linha forma uma curva em S.

Os projetos de grande porte na grande maioria das vezes dispõem de uma curva S para cada pacote de trabalho mais importante. Dessa forma, o gerente de custos do projeto deverá trabalhar com cada subgerente responsável pelos pacotes de trabalho para gerenciar os orçamentos específicos, facilitando assim o monitoramento do desempenho do projetos em seus diferentes aspectos, como investimentos em ativos, despesas de mão de obra ou serviços contratados de terceiros. A figura indica uma curva S que é construída a partir do cronograma e da EAP (WBS) de um projeto qualquer.



O PMBOK complementa sobre a necessidade de um financiamento, total e periódico, que será derivado da linha de base de custos e do fluxo de caixa esperado, conforme a política de endividamento da empresa. Esse financiamento será feito em quantias incrementais não contínuas (em etapas), representado pelos degraus na figura abaixo. Também frequentemente prevê-se margens de segurança, para assegurar um início mais acelerado ou estouro nos custos. O montante de recursos totais necessários serão incluídos na linha base mais a provisão para contingências de orçamento, sendo que essa reserva poderá ser incorporada de forma gradual em cada etapa de financiamento ou financiada quando necessário.
Ainda conforme o Guia PMBOK, as linhas de base de custos e do fluxo de caixa aumentam quando uma parte da reserva para gerenciamento é liberada e consumida. A defasagem entre a linha base e os valores do fluxo de caixa representa a quantidade de reserva de gerenciamento que não foi consumida, conforme mostra a figura.
 

 
Caso hajam mudanças durante o desenvolvimento do projeto, sejam elas de escopo, prazo ou requisitos de qualidade não previstos, todas elas devem ser registradas e analisadas, e caso haja impacto em custos, o plano de gerenciamento de custos deve ser atualizado e posteriormente altera-se a linha de base do projeto.